14 de setembro de 2011

Era DESSA amizade que eu falava...


"Em todo o tempo ama o amigo, e na angústia nasce o irmão."
(Pv. 17:17)


É baseada nessa passagem que me inspiro hoje!
Me peguei relembrando momentos que vivi com uma amiga...
Não sei se assim posso me referir à ela;
Tenho tantas amigas, com umas eu desabafei, com outras eu aprendi, em algumas eu confiei, com todas eu sorri, mas essa, essa amiga é diferente.
Além de desabafar, aprender, confiar e sorrir (muito) com ela, eu conheci a VERDADEIRA AMIZADE.
Aquela... Aquela que eu imaginava, mas não conhecia, que eu falava, mas não praticava.
Aquela que não mente, não trai, não desampara, e nunca, nunca acaba!
Aquela amizade tão sincera e verdadeira que chamamos de IRMANDADE.

Nos conhecemos há mais ou menos 7 anos (me lembro porque tinha 11 anos), freqüentávamos a mesma igreja e por isso nos tornamos amigas.
Ainda me lembro de quando encenamos "O nascimento de Cristo" onde ela era Maria e eu Isabel, partiu daí a nossa simpatia uma pela outra.
Tínhamos o mesmo aparelho de celular, curtíamos Pitty rs, e ela pintava as pontas do cabelo de rosa (sempre foi doidinha rs).
E o primeiro beijo... Quando dei meu primeiro beijo fui correndo mandar mensagem pra ela e contar do acontecido mágico *-* rs (e assim foi com o primeiro namorado, primeiro emprego e a primeira vez...)
Mas foi de 3 anos pra cá que aquela amizade foi se aprofundando, amadurecendo e se tornando irmandade.
Me lembro nítidamente da festa à fantasia que bolamos com o pessoal da igreja.
Fomos juntas comprar nossas fantasias na 25 de março, falávamos sobre nossos problemas particulares e depois daí não nos desgrudamos mais!
Os pagodes que freqüentamos juntas,
O natal que passamos comendo queijo quente rs,
O carnaval que ela cuidou de mim que estava com catapora (isso mesmo, tive catapora aos 16 anos),
O apelido que ela me arrumou: Punky (por me achar, quando pequena, parecida com a levada da breca),
O apelido que arrumei pra ela: Biro-biro (porque a doida cortou a cabelo sozinha, e quando estava molhado... sim, ficava igualzinho o Biro-biro rs),
TODOS OS FINAIS DE SEMANA DE 2009 que passamos juntas,
As noites em claro conversando (ela insiste em conversar na hora de dormir ¬¬),
As INÚMERAS vezes que ela enxugou minhas lágrimas,
As INÚMERAS vezes que eu enxuguei as lágrimas dela,
Todas as brigas que tivemos: por causa de mim, (não adianta, eu falo a verdade doa à quem doer, principalmente quando a verdade significa acabar com a ilusão dela), por causa dela (quando tomava decisões precipitadas ou quando insistia na teimosia),
O namorado que ela arrumou *-* (o rapaz da igreja, que virou o "de maior", passou a ser tio Dê, que ficou meu amigo e hoje é tão importante na minha vida quanto ela. O meu compadre, o meu padrinho.)
Os rolos que arrumei (é... não foram tantos, porém, tão complicados que valiam por muitos; todos ela acompanhou, todos me aconselhou, nem todos ela apoiou, mas em nenhum me desamparou),
A descoberta da vinda da estrela que brilha meu caminho *-* (ainda me lembro do desespero... o soluço que ela dava ao me telefonar no momento que descobriu a gravidez, e o meu desespero por não saber o que fazer),
A preocupação que tínhamos (não estávamos preparadas; além de imaturas, não sabíamos o que seria dali pra frente),  
O convite pra ser madrinha do bebê e de casamento *-* (me senti tão honrada naquele momento, que até hoje não encontro palavras que descrevam minha emoção por receber aquela criança confiada à mim),
Todo os preparativos do casamento (chá de cozinha, festa, roupas)
O grande dia *-* (ainda voltamos juntas da festa pra casa rs)
O natal que ela foi assaltada (quanta preocupação, ela... o bebê... o bebê... o bebê... o carro...),
O chá de bebê dela (ficou zuadinha haaaaa)
A escolha do nome do bebê (procurei um monte... e ela não escolheu nenhum rs)
A fase mais difícil que passei na vida (até hoje) mais um rolo, um romance que ela sempre me alertava suas conseqüências, que eu desacreditava que poderiam acontecer (sempre me achando pé no chão e duvidando das coisas que ela dizia que acontecerião, até me apaixonar... e as coisas que ela dizia acontecerem...),
O nascimento da estrelinha *-* (Maria Eduarda ♥)
O começo do meu namoro (é... tudo o que ela dizia ACONTECEU rs)
O batizado da estrelinha (31/05/2010 = data INESQUECÍVEL)
A partir daí (com meu namoro e o casamento dela) acabamos nos "afastando"...
Não era mais todo fim de semana juntas, nem ligações todos os dias, muito menos dormir uma na casa da outra e passar a noite "cidando" (era assim que referíamos as fofocas da vida alheia rs).
Porém com tudo isso pude perceber o tamanho e a qualidade da nossa amizade;
Mesmo "distantes" a consideração e a confiança uma na outra não passou, nem diminuiu e a irmandade não mudou.
Ela continua sendo a MINHA MELHOR AMIGA

Vinícius de Moraes disse um dia:

"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meu amigos!
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida...
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure sempre..."

Hoje, vou me casar daqui há 10 dias (com o grande amor da minha vida, que assim como ela profetizava CHEGOU) e ninguém mais poderia apadrinhar esta união senão ela: Thaíse Ferreira Sinhorini.
A minha amiga, a minha irmã, a minha razão.

Te amo amiga! Não mais do que ontem, nem menos que amanhã, simplesmente amo!
E não poderia terminar sem dizer: muito obrigada!
Por tudo que me ensinou, me proporcionou e me ajudou...

Era DESSA amizade que eu falava!
as meninas,


as mulheres,


as amigas,


as irmãs.



Sem mais para o momento...

Sheila da Silva Matos.

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